A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi eleita pela revista Time , dos Estados Unidos, uma das mulheres do ano em 2023. A lista, divulgada nesta quinta-feira (2) é composta por um total de 12 nomes: “mulheres extraordinárias que estão liderando um mundo mais igualitário”, define a publicação.
A inclusão de Anielle Franco foi baseada por seu ativismo na luta antirracista. “Sua trágica história familiar, personalidade calorosa e uso hábil das mídias sociais transformaram a outrora reservada Franco em uma líder improvável no movimento pelos direitos dos negros no Brasil”, diz trecho do perfil que a revista publicou sobre a ministra.
Irmã da vereadora do Rio Marielle Franco, brutalmente assassinada em 2018, Anielle é diretora do instituto que leva o nome da irmã. A organização luta por direitos humanos e na defesa da memória de Marielle. Desde sua criação, a agora ministra se envolveu diretamente no ativismo político pelas causas da população negra, das mulheres e da população LGBTQIA+.
Em entrevista à GloboNews, a ministra comentou sobre a homenagem. “A gente só dá valor pelo que a gente recebe e por estar aqui nesse Ministério por ter passado por esses quatro anos de muito ódio, de muito ataque, e ter hoje um governo federal que cuida da gente, que cuida do caso da Mari, que cuida do povo preto. É entender que a gente está de uma certa maneira vencendo esse ódio.”
Aos 38 anos de idade, ela é jornalista formada pela Universidade do Estado da Carolina do Norte (nos Estados Unidos), e em inglês e literatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Extraordinárias
Em suas redes sociais, Aniele se manifestou sobre o reconhecimento internacional. “Muito orgulhosa e emocionada em ter sido a primeira e única brasileira indicada como ‘Mulher do Ano’ entre as doze escolhidas pela revista norte-americana Time. Estou muito feliz e não chego sozinha, esse reconhecimento não é só meu, é de todas as mulheres negras do Brasil”. Ao lado de Anielle Franco, a lista das 12 mulheres mais influentes do ano traz ativistas como a mexicana Véronica Cruz Sánchez, a ucraniana Olena Shevchenko e a iraniana Masih Alinejad. Também estão na lista mulheres influentes da cultura e do esporte, como a atriz Cate Blanchet, a cantora Phoebe Bridges, a jogadora de futebol Megan Rapinoe e a roteirista Quinta Brunson. A própria ministra postou no Twitter o link da Time com a relação:[learn_press_profile]