Eixos
Já no 13° Congresso da CUT, realizado em um ano de profundas mudanças ideológicas no governo federal, em que as políticas econômica e social passaram a ser direcionadas ao mercado e não com um olhar humano para o povo brasileiro, a Central definia como horizonte de luta a defesa de direitos, democracia e soberania; a construção de alternativas para a classe trabalhadora; e os desafios para o processo organizativo da CUT, que passam pela organização de entidades filiadas, dos locais de trabalho e o destaque para a representatividade de trabalhadores não formais, com vínculos empregatícios precários. Este ponto, em específico, consolida o compromisso da CUT desde sua fundação que é o de defender o conjunto da classe trabalhadora. Os eixos, portanto, permanecem atuais e são acrescidos da “Defesa da vida – parar as mortes e superar a pandemia”. Desde o início da pandemia, em março de 2020, o mundo inteiro foi obrigado a passar por um processo de transformação severo. Além de trazer impactos econômicos e sociais ainda incalculáveis, a pandemia ceifou milhões de vidas ao redor do planeta. Até agora, mais de 600 mil vidas, só no Brasil, como resultado de uma política de negligência e negação da pandemia. O governo Bolsonaro, desde o início, minimiza a crise sanitária, nega a ciência e todas as suas posturas até agora, como a indicação de medicamentos comprovadamente ineficazes para tratar a Covid-19, o atraso na compra de vacinas e a sua jornada contra medidas de segurança como o uso de máscaras e o isolamento social, contribuíram para que o Brasil figurasse como um dos epicentros da doença no mundo. Além disso, segundo dados da OIT, a pandemia causou uma perda equivalente a 255 milhões de postos de trabalho em 2020. O mais impactados foram os segmentos que primeiro sofrem em crises econômicas e sociais – a população negra, as mulheres e os jovens. No contexto da pandemia, a CUT propõe ações e estratégias que incluem a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), aquisição de vacinas para toda a população, direitos básicos como alimentação, saneamento, além do auxílio emergencial de R$ 600 para informais e desempregados. A luta em defesa da vida também se dá pelo combate à fome no Brasil, que aumentou desde que Bolsonaro assumiu o poder e se intensificou por causa da crise econômica aprofundada pela pandemia do coronavírus.Agenda
Esta é a primeira vez que um encontro para o debate da estratégia de luta a ser adotada nos próximos tempos será realizado também de forma virtual. Ao todo, 950 delegados sindicais já estão inscritos para participar dos debates, sendo 481 homens (50,6%) e 469 mulheres (49,4%). Dia 20/10 – 19h – Abertura oficial -Homenagem póstuma aos ex-presidentes da CUT João Felício, falecido em 2020, e Kjeld Jakobsen, falecido este ano. Dia 21/10 – Abertura da sala virtual e credenciamento – Apresentação do Regimento Interno e Conjuntura – Conferência com Dilma Roussef e Celso Amorim Dia 22/10 – Estratégia -Painel com Rafael Freire (CSA) e Carmen Foro, com apresentação do texto-base -Grupos de Trabalho para aprofundar debate sobre 3 Eixos e apresentação das Emendas -Plenário para votação das Emendas -Apresentação de Pesquisa sobre Trabalhadores em aplicativos Dia 23/10 – Estratégia – Projeto Organizativo – Pronunciamento do presidente da CUT, Sergio Nobre, e grupos de trabalho para aprofundar o debate, com apresentação das emendas. Dia 24/10 – Apreciação das Emendas do Eixo 4 -Plano de Lutas, Moções e Encerramento[learn_press_profile]