A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quarta-feira (27) o bolsonarista Aildo Francisco Lima, que fez live em cadeira do ministro Alexandre de Moraes durante invasão ao Supremo Tribunal Federal (STF). A PF cumpre ao todo três mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão contra suspeitos de depredarem, instigarem, financiarem e fomentarem os atos golpistas em Brasília. A investigação faz parte da 17ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada hoje. Nesta etapa, a polícia apura os indivíduos que diretamente promoveram violência e dano generalizado na invasão no Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF prendeu Aildo em São Paulo, onde mora, e também Basilia Batista. Ela chegou a ser detida na segunda-feira seguinte ao ato de terrorismo, mas foi liberada por “razões humanitárias”.
O terceiro alvo é uma advogada, moradora do Distrito Federal, que ainda não tinha sido detida, até o fechamento desta nota. O nome não foi divulgado pela PF. Os mandados foram autorizados pelo STF. Ao menos três são cumpridos em Goiás, onde os investigadores fazem busca e apreensão contra Danilo Silva e Lima, Osmar Pacheco da Silva e Wanderley Zeferino da Silva. Moradores de Inhumas, eles teriam agido em conjunto com um quarto investigado da mesma cidade.
17ª etapa da operação Lesa Pátria
A operação também ocorre no Paraná e em Minas Gerais, onde a PF investiga Luciene Beatriz Ribeiro Cunha. Ela é apontada como incitadora dos atos golpistas. No estado mineiro, Erli Antonio Fernandes também é alvo por ter participado da manifestação antidemocrática.
Em nota, a corporação apontou que “os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”.
Ao todo, o terrorismo em Brasília já levou a 81 mandados de prisão cumpridos e 287 de busca e apreensão. Pelo menos 17 inquéritos foram instaurados.